Caso Charles Cozens

Caso Charles Cozens



O único outro caso canadense envolvendo um contato físico com um UFO teve lugar em Hamilton, Ontário, mais ou menos um ano antes do episódio com Michalak.
Por volta das 21:15 hs, da noite de 29 de março, Charles Cozens, 13 anos na época, perambulava por um campo situado nos fundos da Guarnição da Polícia Montada de Hamilton. De repente, um objeto luminoso e oval desceu do céu rumando em sua direção, seguido de perto por um outro. Assustado, o rapaz procurou proteção por trás de uma cerca, de onde pôde observar o espetáculo. Enquanto a nave metálica pousava sobre a relva, ele ouviu claramente um ruído semelhante à um zumbido. Ele observou, em torno da borda dos objetos, que tinham cerca de oito pés de diâmetro, uma fileira de luzes multicoloridas, iluminando a relva ao seu redor, "piscando como um computador".
Alguns instantes depois, Charles resolveu aproximar-se dos objetos para observá-los mais de perto. Quando se achava do lado deles, sentiu, subitamente, uma necessidade urgente de tocá-lo, o que fez. Ficou surpreso ao descobrir que a superfície era dura e lisa, igual ao metal polido. "Não tive sensação de calor ou frio, logo eles deviam ter a mesma temperatura do corpo", relatou ele.
Um dos aparelhos tinha um antena comprida, e com o aspecto de um fuzil, que se projetava de uma das extremidades, e Charles percebeu que "era mais grossa na base e afilando-se até ficar do tamanho de uma moeda na ponta". Tocou na antena, esta piscou e ele recebeu um choque elétrico. Apavorado, disparou na direção da guarnição da polícia.
"Eu estava correndo para contar a alguém... mas quando olhei para trás, já tinham partido. Pensei que a polícia não iria acreditar em mim, por isso corri para casa para contar aos meus pais".
Seus pais notaram a marca amarelada e com a extensão de três polegadas deixada pela queimadura na sua mão e, antes de notificar as autoridades, fizeram-lhe várias perguntas. Quarenta e oito horas após o incidente, seu pai levou-o ao hospital para que fosse examinado e saber se havia sofrido alguma radiação. O diagnóstico foi de que o rapaz fora vítima de uma queimadura leve de primeiro grau que ficou curada em uma semana. Embora Charles tivesse estado em contato direto com o aparelho, não sofre outros efeitos adversos.
Na noite seguinte, Lawrence E., e o irmão Owen, dois outros jovens de Hamilton, contaram ter visto dois objetos "voando baixo sobre a cidade e diferentes de qualquer outra coisa que jamais tivessem visto". Conquanto não pudessem distinguir a sua forma de encontro ao céu noturno, ambos disseram que luzes intermitentes vermelhas, azuis e verdes eram acompanhadas por um "barulho igual a um zumbido, totalmente diferente de um avião". Esta observação deixou os dois rapazes extremamente perturbados.
Os repórteres do Hamiltons Spectator, ao checarem a história com o objetivo de publicá-la, foram informados pela Air Canada que nenhum avião tinha passado sobre Hamilton às 21:15 da noite, no momento em que os objetos tinham sido avistados.
Ambos estes episódios coincidiram com a onda de observações que teve lugar na região setentrional de Ontário - entre Windsor e Toronto - e cuja duração foi de uma semana. Esta foi a mais intensiva e amplamente divulgada "onda" jamais registrada no Canadá.Perturbado por estas manifestações ufológicas, Willian D. Howe (NDP - Hamilton South) solicitou na Casa dos Comuns que o governo revelasse que tipo de investigação o Canadá estava realizando.
Em resposta, o então ministro-adjunto da Defesa Nacional, Leo Cadieux, assegurou a Mr. Howe que iria recomendar ao conselho de Pesquisa da Defesa "para iniciar uma investigação que teria os resultados que o ilustre membro está desejando".

Jamais foi revelado se o Conselho de Pesquisa da Defesa, ou qualquer outro órgão deste tipo, tivesse realmente investigado as observações ocorridas durante aquela onda que demorou uma semana. Mas esta onda, conjugada à crescente preocupação parlamentar, parece ter desencadeado, por parte do governo, uma era aberta de investigações. Nos dois anos que se seguiram, o gabinete da Diretoria de Operações da Defesa (DOPS), do Quartel-General das Forças Armadas Canadenses, em Otawa, ficou encarregado do exame das observações comunicadas; muitas delas, após um profundo exame, continuaram inexplicáveis a não identificáveis. O DOPS, embora nunca tivesse admitido abertamente a possível existência dos UFOs, chegou a afirmar que eles não representavam uma ameaça à Segurança Nacional.
Fotos
Charles Cozens, em fotografia obtida a partir de jornal da época
Desenho da testemunha representando seu avistamento

 

 
Fonte: Fenomenum
mas andes
Ufólogo e integrante do Grupo de Amigos que Estudam Mistérios e Ufologia criado em 1997, atuando em Guarujá e região, efetuando pesquisas nas áreas de ufologia e espiritualidade, e suas diversas ramificações. Caso Charles Cozens.
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