Este caso nos foi informado por uma nossa colega de trabalho, Dna. Neuza Lira Rosa, a quem muito agradecemos. É ela amiga dos donos da Fazenda onde se deu a ocorrência. Eles receberam gentilmente a equipe de pesquisadores que lá estiveram por diversas vezes. Por meio de várias entrevistas com a testemunha, foi possível extrair e configurar todo o conteúdo próprio do episódio ocorrido, acrescentado pelos detalhes e minúcias específicos.
A CIDADE - Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, a 847 metros de altitude. Pelo seu clima é tão procurada quanto as cidades serranas de Petrópolis e Teresópolis. Sua origem remonta a 1682, quando lá se instalaram 281 famílias oriundas de um cantão suíço (cidade Freibourg) e também entre 1819/1820, quando lá chegaram mais 2 mil pessoas, daí o tipo louro e nomes de origem francesa que, ainda hoje, encontramos na cidade.
LOCAL - "Fazenda Velha", no município de Amparo, de propriedade do Sr. João Saglard. Na vertente Norte de um vale de cerca de 800 metros de largura, estendendo-se de Oeste para Leste, entre colinas de 50 a 150 metros de altitude. Plantação: milho, café, cana de açúcar, rosas, além de árvores frutíferas.
TESTEMUNHA - O jovem Edmond, de 19 anos (na ocasião), empregado da Fazenda, tipo louro, natural do distrito de Bom Jardim, município de Nova Friburgo. Cursou até o 4º primário, em escola noturna. É pessoa que não tem oportunidade de ouvir rádio ou assistir TV. Reagiu de modo tranqüilo ao extenso interrogatório a que o submetemos. Respondeu sempre de maneira descontraída, jamais caindo em contradição.
No que diz respeito à forma de espaçonave e vários detalhes, inicialmente a sua descrição foi um tanto difícil de entender. Entretanto, por meio de croquis progressivos, conseguimos chegar à forma gráfica a qual teve a aprovação de Edmond. Nesse momento, sua expressão fácil se encheu alegria espontânea, demonstrando que suas respostas são foram "pré-fabricadas".
ÉPOCA - Agosto de 1973, 14 horas, uma terça feira
RESUMO - Edmond avista, a pequena distância, uma bola metálica, de uns 2 metros de diâmetro, aproximadamente. Tomando-a por um engenho norte-americano, resolve olhar melhor e vê que uma porta se abre, deixa passar um ser que se aproxima até cerca de 1 metro e que, em vez de andar como nós, flutuava no ar. Assustado, Edmond foge para casa, à distância de uns 60 ou 70 metros.
II) - PESQUISA REALIZADA EM 29/12/1974, 18/05/1975 e 22/06/1975
RELATO - Num dia do mês de agosto de 1973, Edmon Cardoso de Oliveira encontrava-se no pomar da citada fazenda. Descascando laranja, pois era hora da merenda.
A uma distância de uns 15 metros percebeu que as folhas da jabuticabeira se movimentavam, como se tocadas pelo vento, enquanto as demais árvores se conservavam imóveis. Através dos galhos de uma laranjeira notou uma "bola reluzente", junto à jaboticabeira. Aproximou-se e viu que o objeto possuía as seguintes características: Cerca de 2 metros de diâmetro: estava suspenso no ar, a uma altura de uns 50 cm; tinha um brilho "de doer os olhos", como de "alumínio azulado"; no centro havia um cinturçaõ verde escuro (letrafilm M218), em alto relevo.
Já a poucos metros de distância, impressionado por aquele forte brilho, Edmond aproximou-se mais ainda (até cerca de 1 metro) e percebeu que na parte superior da bola havia um cilindro de igual metal, tendo 4 a 5 metros de altura e uns 50 cms de diâmetro. Daí para cima, numa igual extensão (4 a 5 m), havia um alargamento em forma de cone, com base para cima e em disposição laminada.
O conjunto cilindro-cone girava lentamente: cada rotação se realizava entre 1 a 3 segundos e em sentido contrário aos ponteiros de um relógio, quando visto de cima. A cerca de 20 metros da jaboticabeira, Edmond notou que os ramos inferiores de um cedro, de uns 20 metros de altura, também se movimentavam a partir de uns 10 metros dos solo. A "bola" se achava a uma distância de 25 metros deste cedro. (O pesquisador admite que o citado movimento rotativo tenha sido o responsável pela agitação das folhas da jaboticabeira e do cedro).
Edmond observou que o conjunto cilindro-cone tinha um balanço com inclinação lenta. de uns 50 cm, ora para um lado, ora pra outro, o que o levou a pensar que conjunto pudesse desequilibrar-se e cair, alcançando-o; por isso recuou uns 4 metros e neste movimento deu costas à "bola". Então ouviu um estalo, como se uma porta metálica se tivesse aberto, o que realmente aconteceu. Viu então, na parte inferior da "bola", uma porta com aproximadamente 1 metro de altura por 50 ou 70 cm de largura. Através desta porta pôde verificar a espessura da parede - uns 5 cm -, bem como o interior da bola, escuro, como breu.
Após cerca de meio minuto de observação, Edmond viu aparecer na soleira um ser de aspecto humano, que se curvava ao transpor tal porta. Quando já estava fora dela, a sua altura foi calculada em aproximadamente 1,20 m, apesar de a cabeça dessa criatura nivelar com a de Edmond (que tem 1,64 m de altura). Isto porque, repetimos, este ser flutuava a uns 50 cms do solo.
O ser estava coberto de preto (letrafilme 176M) da cabeça aos pés. Eram entretanto, de cor cinza (letrafilme 174M) as seguintes partes: os punhos, as mãoes (em forma aparente arredonda e lisa); os sapatos (sem salto, de uns 20 cm de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura); uma faixa de uns 6 cms de largura, no pescoço; uma certa máscara em que havia orifícios para os olhos e a boca. A indumentária era formada por uma grande porção de semi-esferas justapostas e tendo um diâmetro variável (as maiores, com uns 5 cm). As semi-esferas diminuíam à medida que se aproximavam da cabeça e das extremidades. Nesses locais eram de uns 3 cms de diâmetro e se ajustavam aos movimentos das articulações, como se tivessem elasticidade.
Este ser tinha nas costas uma caixa cinza, lisa, de aspecto metálico e com as dimensões de aproximadamente 55 cm de altura e largura, e 45 cm de comprimento.
Do calcanhar deste ser projetava-se para trás, em direção horizontal, uma esteira flexível, transparente, clara (letra filme 171 M), de uns 50 cms de comprimento por uns 5 cm de largura. Esta "esteira" esmaecia na extremidade e esteve sempre visível nas andanças (flutuação) do ser.
Uma vez do lado de fora, o ser tentou aproximar-se de Edmond (que estava a uns 4 m de distância). Os passos daquela criatura eram decididos e sincronizados com o movimento da cabeça e dos braços que ela flexionava em angulo reto, descrevendo um semi-circulo horizontal. Calcula Edmond que, deste modo, em 5 movimentos, o ser conseguiu avançar para frente uns 3 metros, gastando cerca de 6 segundos. Quando o ser encontrava-se a aproximadamente 1 metro de Edmond, este fugiu amedrontado, mas na corrida, ainda se deteve por 3 vezes, olhando para trás, para assegurar-se da altitude do ser ( qual ficara parado, olhando Edmond em fuga).
Ao chegar a casa, Edmond procurou Dna. Maria Teresa, sua patroa, e tentou contar-lhe o ocorrido; mas pouco pôde falar. Com outro antigo empregado na fazenda - Antonio Machado (Tião Gago) - retornou ao local onde pouco antes vira a bola e o ser, mas nada mais havia. Quando o patrão - João Sanglard - chegou, Edmond pôe relatar o acontecido. O Sr. Sanglard diz que, embora contando diversas vezes o caso, Edmond não caiu em contradição.
III) - Considerações Diversas
Na ocasião em que Edmond viu o OVNI em Amparo, a Rádio de Friburgo e a Revista "O Cruzeiro" registraram o aparecimento de um disco voador nos arredores da cidade de Campos. Por isso, o Sr. Sanglard levou o caso à emissora de Friburgo que, segundo ele, admitiu ser o fato autêntico, mas não demonstrou maior interesse em investigá-lo ou torná-lo conhecido.
Lembramos que no Bol. SBEDV nº 85/89, pág. 19, á referencia a um fato parecido ocorrido com Edmond. Foi na cidade chamada Kinnula, na Finlândia, conforme citou a revista "Flying Saucer Review" de setembro/outubro de 1971 pág.:18. "Um ser de uns 90 cm de altura deslizou no ar, em direção ao disco voador. Seu perseguidos conseguiu segurar o seu sapato, mas deixou logo porquanto teve uma sensação de caso (ferro em brasa). Ficou com a mão queimada".
No caso da Fazenda Velha, a "esteira do sapato" seria talvez um campo de força passível de queimar a mão de quem o tocasse. Pela birrefrigência das camadas do ar, esse campo talvez tivesse se tornado visível.
Reconstituição da cena. A testemunha (de costas) e ao fundo uma criança (representando a "bola reluzente")