São raras as vezes em que controladores de vôo ou pilotos de avião admitem a observação de UFOs
Por Portal Revista Vigília: Aconteceu no segundo semestre
de 1977. Deveria ser mais um dia de trabalho normal -- exaustivo e
movimentado-- para o controlador de vôo Alfredo de Barros Pereira, que à
época trabalhava no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de
Tráfego Aéreo (CINDACTA) em Brasília.
O turno duraria das 22 horas às 6 da manhã. Contudo, a tensão foi ao
extremo quando, próximo da meia-noite, pontos inexplicáveis apareceram
no radar, como que a seguir os aviões. O fenômeno duraria até quase o
final do expediente de Pereira, e foi observado também por vários
aviadores e outros controladores de vôo.
O relato de Alfredo:
"Um avião Boing 727 havia decolado de São Paulo com destino ao Rio de
Janeiro. Após alguns minutos ele foi transferido à minha
responsabilidade no controle de vôo. Podia observá-lo pelos poderosos
radares, já a uma distância de uns 60 km da capital paulista e ainda
subindo para o seu nível de cruzeiro.
São raras as vezes em que controladores de vôo ou pilotos de avião admitem a observação de UFOs
De repente, próximo ao seu sinal identificado na tela do radar
apareceram dois pontos, como se fossem dois aviões, seguindo na mesma
direção, cerca de 20 km atrás.
Fiquei surpreso! Se fossem aviões comerciais, seria necessário minha
própria autorização caso eles tivessem decolado de São Paulo. Se fossem
procedentes de outras cidades, eu deveria ter sido avisado de que
entrariam na área sob o meu controle, juntamente com sua identificação
no radar.
Utilizei os recursos disponíveis nos equipamentos da mesa controle para
medir suas velocidades. Para minha admiração, eles desenvolviam
velocidades superiores a 1.500 Km por hora. Os jatos comerciais de
grande porte, similares ao daquele Boing, voavam numa faixa de
velocidade entre 800 e 950 Km/h. Lembrei-me, então, de que os aviões
caças da Forca Aérea Brasileira costumavam fazer exercícios de guerra
simulada, e de que eles poderiam desenvolver velocidades até superiores
àquela observada no radar. Entrei em contato telefônico com o Centro de
Operações de Defesa Aérea, que funcionava no mesmo prédio do controle de
vôos comerciais, para saber se havia alguma operação em curso naquela
área. Fui informado de que, naquele momento, nenhum dos caças estava
voando. Em vista dessas informações percebi que coisas realmente
intrigantes estavam para acontecer.
Consequentemente, as tensões advindas da imensa responsabilidade da
função de controlador de vôo aumentaram grandemente. Olhando para a tela
do radar, observei que os dois pontos (aviões, ou o que quer que fossem
aquelas coisas) se aproximavam cada vez mais do Boing. Logo em seguida,
os pontos na tela do radar, que tecnicamente chamamos de alvos-radar,
fundiram-se com o alvo identificado como do Boing. Tal era a aproximação
que eles fizeram do Boing, que o radar não mais distinguia uns dos
outros. Através da freqüência de comunicação por rádio utilizada para o
controle de tráfego aéreo, perguntei ao piloto do Boing se ele podia
visualizar aviões próximos ao seu. A resposta foi negativa. Uns 30
segundos depois, o Boing já passada ao lado da cidade de Sao Jose dos
Campos - SP, quando o piloto me chamou por rádio, com a voz
sensivelmente transtornada. Disse que apareceram, de repente, dois
objetos grandes e luminosos, em nada parecidos com qualquer tipo de
avião, um a sua frente e outro a sua direita. Mantinham distância de
poucos metros em relação ao Boing, e suas luzes brilhavam intensamente,
mudando constantemente de cores. Aquelas coisas se enquadravam
perfeitamente na definição de OVNI - Objetos Voadores Nao Identificados.
Primeiramente, eram Objetos - os radares captam apenas sinais de
objetos concretos; eles não acusam a presença de fantasmas e não são
acometidos de ilusões de ótica. Em segundo lugar, eram Voadores -
inicialmente estavam se deslocando a uma velocidade de 1.500 km/h, e
quando foram avistados pelo piloto, já tinham ajustado sua velocidade
com a do Boing, cerca de 850 Km/h, e voando a uma altitude de 7.000
metros. Finalmente eram Nao Identificados - nem o piloto, nem os
registros do CINDACTA com seus computadores sabiam do que ou de quem se
tratavam.
Por uns vinte minutos os OVNIs mantiveram as mesmas posições em relação
ao Boing, mesma velocidade, mesma altitude, continuaram brilhando
intensamente e alterando constantemente suas cores. Após este período,
quando foi iniciado o procedimento de descida para o Rio de Janeiro,
isto e, o Boing deixava seu nível de vôo a 7.000 metros de altitude,
descendo lentamente para o aeroporto de destino, os OVNIs se afastaram
rapidamente dele e desapareceram em seguida. Naquela mesma noite, por
diversas vezes consecutivas, aquele aparecimento se repetiria. Aviões
comerciais, jatos de grande porte, eram interceptados no meio do vôo
pelos OVNIs, que os acompanhavam durante longo trajeto para depois
desaparecerem.
Uma daquelas repetições, no entanto, merece destaque. Tendo decolado de
Manaus, com destino a Sao Paulo, um dos aviões contemplados foi
interceptado pelos OVNIs um pouco ao sul de Brasilia, a uma altitude de
mais de 10.000 metros. As estranhas companhias estiveram juntas dele ate
um ponto exatamente sobre a cidade de Belo Horizonte, quando
desapareceram como num piscar de olhos.
Logo em seguida, num espaço de tempo inferior a 15 segundos, o piloto de
um outro jato comercial de grande porte, que fazia um vôo do Rio de
Janeiro para Recife, estava passando sobre a cidade de Vitória,
chamou-me pelo rádio reportando que acabava de ser interceptado pelos
OVNIs de maneira idêntica aos outros casos. Aparentemente, a distância
de quase 450 km que separa Belo Horizonte de Vitoria foi transposta em
menos de 15 segundos pelos OVNIs.
O caso mais impressionante, porém, aconteceu após as 5 horas da
madrugada. Um Boing, fretado pela Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, decolou da cidade de Campinas, em São Paulo, com destino a
Brasilia. Com menos de 20 minutos de vôo, já estabilizado no nível de
cruzeiro acima de 7.000 metros, ele também foi surpreendido pelos OVNIs.
Depois de passar sobre a cidade de Belo Horizonte a intensidade das
luzes dos OVNIs começou a aumentar lentamente. Em alguns minutos o
piloto me disse pelo rádio que não conseguia mais ler os instrumentos de
bordo, tal era o brilho das luzes que lhe ofuscavam as vistas. De fato,
pude observar pelo radar que seu avião se afastava da rota determinada
(chamada de aerovia).
De Brasilia, por alguns minutos, dei orientações de direção pelo rádio
ao piloto, para que mantivesse a rota ao seu destino. Em seguida aquele
vôo ingressaria numa outra área de controle de tráfego, já mais próximo
de Brasília, chamado de controle de aproximação, que o conduziria no
início do procedimento de descida, dos 7.000 metros até uma altitude e
uma distância suficientes para o pouso, a ser controlado pela torre do
Aeroporto Internacional de Brasilia.
Assim que fiz a transferência do vôo ao controle de aproximação, passei
também o controle da minha console de trabalho a um colega, pois já
estava bastante esgotado. No entanto, me dirigi à sala do controle de
aproximação para acompanhar o seu trabalho, uma vez que os OVNIs ainda
estavam colados no Boing, ainda que a intensidade das luzes já houvesse
retornado ao seu nível inicial. Pelas informações do radar e pelo que o
piloto nos reportava através do rádio, em nenhum dos outros casos
durante toda a noite os OVNIs haviam chegado tão próximo do aeroporto. A
distância para o pouso agora era menos de 30 km. Com mais dois colegas,
corri para a torre que sustenta o radar de aproximação, pois de lá
teríamos uma vista do pouso e de quase toda a pista - se os OVNIs
estavam tão próximos ao aeroporto, poderíamos ter um contato visual.
Infelizmente isto não aconteceu. Cerca de 10 km antes do aeroporto eles
fizeram curva à esquerda e desapareceram em alta velocidade."
Boeing 727 semelhante ao envolvido no incidente.
Entrevista de Alfredo a Revista Vigília no ano de 1997:
Quase vinte anos depois do acontecimento, e depois que o pai
começou a pesquisar o Fenômeno UFO, o ex-controlador de vôo resolveu
divulgar o que vivenciou. Hoje, aos 41 anos, casado, pai de três filhos e
trabalhando como analista de sistemas, Alfredo Pereira concordou também
em conceder uma entrevista exclusiva sobre sua insólita experiência.
Vigília: Normalmente, os ufólogos e pesquisadores do assunto comentam
que existe forte pressão do meio militar (ou outro qualquer) para evitar
o "vazamento" desse tipo de informação. Alguma vez sofreu qualquer tipo
de represália neste sentido?
Alfredo: Durante todo o tempo em que permaneci trabalhando no CINDACTA
não recebi qualquer orientação para que mantivesse segredo a respeito do
assunto.
Vigília: E como veio a decisão de contar sua experiência?
Alfredo: Sempre me mantive bastante discreto quanto à divulgação da
minha experiência. Tenho observado que grande quantidade dos relatos
sobre OVNIs são cercados de mistérios, imprecisões e outras
características que dificultam a confirmação da sua veracidade. Assim,
conservei aqueles fatos reservados a poucas pessoas da minha intimidade,
até por ser um pouco avesso à publicidade e por ter receio de vir a ser
entendido como sensacionalismo barato. Mais recentemente, em conversas
com meu pai, que tornou-se um estudioso do assunto, fui convencido a
fazer o relato mais ostensivamente.
Vigília: Chegou a comentar o fato com os superiores? E o que disseram?
Você comentou com alguém --sobretudo colegas de trabalho-- o que viveu
naquela noite? E como reagiram?
Alfredo: Evidentemente fatos daquela dimensão não passam desapercebidos.
Todos os que estavam trabalhando no mesmo turno que eu naquela noite,
aproximadamente umas vinte pessoas acompanharam de perto o ocorrido.
Vigília: Soube de experiência semelhante de vivida por um colega de profissão?
Alfredo: Vez por outra acontecem aparições de OVNIs com algumas
semelhanças, como por exemplo as que ocorreram em 1982 e 1986, inclusive
com acionamento de caças da Força Aérea Brasileira.
Vigília: Você soube, naquela época, de alguma determinação
pré-estabelecida por autoridade civil ou militar, algum procedimento
específico para os casos de OVNIs?
Alfredo: Na época em que tive essa experiência não soube da existência
de qualquer órgão do Ministério da Aeronáutica responsável pelo estudo
desses fenômenos. Recentemente vim a tomar conhecimento de uma comissão
criada com esse propósito, mas que também já teria sido desativada.
(Nota do WebMaster: SIOANI- Sistema de Investigação de Objetos Aéreos
Não Identificados)
Vigília:Qual sua opinião pessoal a respeito da existência ou não dos
discos voadores, depois do que viu e do que já chegou a ter
conhecimento?
Alfredo: Creio que existe uma diferença considerável entre Objetos Voadores Não Identificados e os chamados Discos Voadores.
O que posso concluir da minha experiência é que existem OVNIs; eles
puderam ser observados pelos pilotos dos aviões e ainda captados e
registrados por equipamentos eletrônicos. Não pode ter sido algo
combinado por um grupo de pessoas para fazer teatro ou sensacionalismo.
Como registrei no meu relato, os radares não enxergam "fantasmas" e não
são acometidos de ilusões de ótica.
Não posso, a partir dos elementos reais que vivenciei confirmar a tudo
que se fala a respeito de discos voadores e seus tripulantes
alienígenas. No entanto, não me permito excluir a possibilidade das suas
existências. Mas não tenho elementos conclusivos.
Vigília: Pode haver ainda algum registro do que ocorreu? Os sinais na tela de radar ficaram gravados?
Alfredo: Na epoca não havia um procedimento adotado no Cindacta para que
o controlador de vôo relatasse formalmente os fatos em que esteve
envolvido, especificamente sobre OVNIs. No entanto, todas as informações
que o controlador de voo tem disponíveis para o seu trabalho: as
comunicações via rádio com os pilotos, as ligações telefônicas com os
outros órgãos do controle de tráfego, as informações exibidas na tela do
radar, etc ficam gravadas e arquivadas por período de tempo suficiente
para qualquer investigação que possa ser instaurada. Se os arquivos
ainda estiverem guardados, é possivel, inclusive, reconstituir fielmente
aquela noite de trabalho, quase como um filme.
Vigília: Como guardou tantos detalhes da experiência, ocorrida há quase
20 anos, e da qual, no entanto, não se recorda a data exata?
Alfredo: Eu realmente não sou muito bom datas, mas a experiência foi
muito forte para que aqueles detalhes pudessem ser esquecidos.
Vigília: Disse que seu pai tornou-se um estudioso no assunto. Ele começou a pesquisar em função do que aconteceu com você?
Alfredo: Meu pai, com seus 78 anos de idade, já aposentado, leva uma
vida bastante modesta, juntamente com mamãe, em sua pequena chácara na
cidade de Londrina - PR. No entanto, conserva sua mente brilhante de
professor, advogado e intelectual. Sua leituras o fizeram crer que os
fenômenos OVNI não podem ser simplesmente frutos da imaginação de
visionários, loucos e sensacionalistas - algo de real existe, e
fantástico. Minha experiencia é apenas mais um evidência para suas
convicções; não a primeira nem a principal.
FONTE: PORTAL VIGÍLIA
Inicio » ARTIGOS E NOTICIAS
» Arquivo Ovni: Ex-controlador de Vôo viveu momentos de tensão com a presença de UFO