Em 1970 ocorreu um impressionante caso
ufológico com efeitos fisiológicos verificados na testemunha. No começo
da noite de 30 de agosto, o guarda Almiro Martins de Freitas foi
surpreendido por um objeto em forma de
charuto, com aproximadamente 20 metros de comprimento que o cegou, após a
testemunha ter disparado duas vezes contra o objeto.
Introdução
Em 1970 ocorreu um impressionante caso ufológico com efeitos
fisiológicos verificados na testemunha. No começo da noite de 30 de
agosto, o guarda Almiro Martins de Freitas foi surpreendido por um
objeto em forma de charuto, com aproximadamente 20 metros de comprimento
que o cegou, após a testemunha ter disparado duas vezes contra o
objeto.
O protagonista do caso, Almiro Martins de Freitas, foi
membro da divisão de instrução de vôo na Escola da Aeronáutica durante 3
anos (1956 a 1959). Por ter casado cedo foi obrigado à deixar os
estudos de lado e a trabalhar para sustentar sua casa. Na ocasião do
contato ele era guarda da Represa do Funil, em Resende (RJ), a 160 Km do
Rio de Janeiro. Fazia apenas 4 meses que ele exercia essa função. E
como sempre cumpria seu dever à risca.
Fatos prévios
A
testemunha iniciou seu turno no começo a noite, juntamente com outros 10
colegas que foram deixados em suas respectivas posições. Como sempre,
Almiro após render seu colega foi inspecionar os outros pontos que
compreendiam sua área. Caminhando ele foi até o Rio Paraíba, seguindo
depois até os transformadores e de lá seguiu até a encosta do barranco
ao lado da estrada que conduz à crista da barragem. Este barrando fica a
10 metros acima do nível da subestação. Ao terminar esta primeira ronda
ele retornou à subestação, e ligou para a casa de força,
identificando-se ao operador de lá. Devido ao frio e ao horário (21:36)
ele resolveu tomar um café ali mesmo. Após isso acendeu um cigarro e
inspecionou os transformadores, retornando para a subestação. Tomou mais
café e acendeu outro cigarro terminando de fumá-lo já do lado de fora,
perto da janela.
Logo após, o guarda passou por trás da subestação,
num caminho entre ela e a barraca onde se guardavam algumas roupas e
equipamentos. Chegando neste local ele ouviu alguns estouros nos
transformadores e algumas faíscas que caíam ao chão. Este tipo de
fenômeno já havia acontecido antes e Almiro não deu muita atenção ao
fato. Ele então conferiu o interior da barraca e retornou à subestação,
onde acendeu um terceiro cigarro. Na seqüência ele seguiu em direção ao
rio Paraíba e de lá seguiu para a estrada, olhando na direção da casa de
força. Foi quando escutou um novo estouro diferente dos outros que já
havia ouvido. Desta vez ele era bem mais intenso. As lâmpadas de
mercúrio que iluminavam o local piscaram momentaneamente.
O Contato
Devido à estranheza do fato, ele verificou com o olhar a Casa de Força,
a crista da barragem, a estrada do paiol. Nada de anormal havia notado
até então. Ao olhar novamente para a crista da barragem ele percebeu uma
fileira de luzes de cores diferentes a uma distância de 60 metros.
Estas luzes piscavam de maneira uniforme, todas ora mais fortes, ora
mais fracas. O guarda resolveu então aproximar-se mais um pouco,
passando a barraca e o prédio da subestação. Ele caminhou adiante
sentido como se seus olhos estivessem atraídos pela luz. Ao chegar
próximo ao local ele percebeu que as luzes pertenciam à um objeto sólido
suspenso acima do barranco. Temendo algum tipo de sabotagem no dique
por parte de forças subversivas (era época do regime militar) ele
resolveu enfrentar o que quer que fosse aquilo. Ele corajosamente
aproximou-se um pouco mais do objeto, rastejando. Com isso pode
perceber maiores detalhes descrevendo depois um objeto com 15 vigias
retangulares, de aproximadamente 1 metro de comprimento por 80
centímetros de altura, com 4 cantos curvilíneos. Almiro chegou a
aproximadamente 5 metros de distância deste objeto, sacou sua arma e deu
o primeiro tiro. Ele não ouviu o ricochete da bala, porém as luzes do
objeto aceleraram a oscilação de suas luzes que tornaram-se mais
intensas. Logo depois ele disparou um segundo tiro e houve um novo
aumento na oscilação das luzes. Além da variação luminosa o objeto
emitiu um ruído intenso ensurdecedor.
Quando Almiro ia atirar pela
terceira vez o objeto emitiu um facho de luz que saiu de um ponto à
esquerda do aparelho. Esse facho de luz era tão intenso que Almiro
precisou fechar os olhos. No mesmo instante ele sentiu que seu corpo foi
invadido por uma forte onda de calor, seguido por uma dormência
generalizada, uma espécie de formigamento. Ele estava com o braço
estendido e não conseguiu baixá-lo porque estava paralisado e
endurecido.
Efeitos Posteriores
Em seguida sentiu uma onda
refrescante da cabeça aos pés. Seu corpo estava todo banhado em suor.
Ele então conseguiu recobrar os movimentos, primeiro da cabeça e dos
braços, depois dos pés e por fim abriu os olhos, constatando que estava
cego.
Considerando sua localização ele achou prudente não caminhar
muito longe, pois poderia cair nos transformadores ou mesmo no rio
Paraíba. Ele então gritou por socorro . Pouco depois surgiu um carro
com outros guardas da represa que o levaram com dificuldade para o
carro.
Almiro foi levado para as cidades de Itatiaia e Resende
em busca de um médico especialista de plantão que pudesse atendê-lo.
Como nenhum foi encontrado Almiro foi levado novamente à sede da
Represa, onde passou o resto da noite. No dia seguinte, ele foi
novamente levado à cidade em busca de tratamento. Ainda estava com
dificuldades de locomoção, cegueira e problemas de audição. No dia 1º de
setembro foi levado para o Rio de Janeiro, onde primeiramente prestou
depoimento na SESVI (Serviço Especial de Segurança e Vigilância). Ali
ele almoçou com grande dificuldade, pois ainda estava cego e não sentia
cheio, nem sabor algum. Curiosamente ele se sentia muito leve e se
segurava em moveis próximos numa aparente sensação de desequilíbrio.
Mais tarde ele prestou depoimento no Ministério da Aeronáutica, e depois
por telefone ao Comando da 4ª Zona Aérea (São Paulo) para o CIOANI,
para onde foi encaminhada uma cópia do relatório.
Logo após foi
atendido, ainda no mesmo dia, por volta das 17 horas, no Hospital da
Cruz Vermelha, pelo médico oftalmologista Dr. Sampaio. Este informou que
nada de anormal havia sido detectado nos olhos de Almiro, além de certa
irritação nas conjuntivas. No dia seguinte, (quarta feira, 2 de
setembro) ele foi visitado pelo Dr. Orlandini Fonseca e Dr. Paes
Barreto. O Dr. Orlandini mediu a pressão de Almiro e constatou que
estava com 120 batidas por minuto.
Outro detalhe importante
referente ao caso é com relação à saúde de Almiro antes e depois dos
acontecimentos da Represa do Funil. Ele tinha tinha 1,76 m de altura e
pesava 75 kg antes do episódio. Logo após o caso, a testemunha sofreu as
conseqüências do avistamento. Mesmo tendo recuperado a visão 15 dias
depois, ele perdeu 8 kg e em menos de um mês. Só recuperando após vários
meses. Não se sabe ao certo o que provocou essa perda de peso. Tal
situação afetou a carreira de Almiro deixando em dificuldades
financeiras. Outro detalhe curioso é que Almiro ficou dois dias sem
urinar após o acontecimento.
Segundo o Dr. Orlandino, em entrevista à
SBEDV, Almiro foi diagnosticado com cegueira psicogenita motivada por
choque traumático. Todos os exames de laboratório foram normais,
inclusive o eletroencefalograma. Indicou-se, para o tratamento, a
hipnose junto à medicação neurotônica e tranqüilizante, bem como
instilação de um colírio, já que realmente havia um lacrimejamento
quando o paciente mantinha os olhos abertos (e por isso preferia
mantê-los fechados), mas não havia lesão física. Foi também recomendado o
uso de óculos escuros por algum tempo.