Essa
condição bizarra faz com que as pessoas repentinamente caiam no sono
por até seis dias seguidos. É como um filme de horror ruim. A
enfermidade assolou estas regiões e ninguém sabe a razão por detrás
disso. Na maioria dos casos, o sono é acompanhado por perda de memória
temporária.
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Uma das primeira vítimas da síndrome foi Maria Felk, uma mulher que trabalha como ordenhadeira em Kalachi.
“Eu estava ordenhando as vacas, como é de costume, cedo pela manhã, e caí no sono“, disse ela. “Eu
não lembro de nada. Somente quando acordei. Eu estava no hospital. As
enfermeiras sorriram para mim e disseram, ‘bem-vinda princesa do sono,
você finalmente acordou’. O que mais eu lembro? Nada. Eu dormi por
dois dias e duas noites. As mulheres na minha ala disseram que eu
tentei acordar várias vezes, dizendo que precisava urgentemente ordenhar
as vacas.”
De
forma interessante, a estranha enfermidade não está limitada somente
aos moradores da região. Ela também afeta visitantes, como Alexey Gom,
que estava visitando sua sogra em Kalachi.
“Eu vim com a esposa, para visitar minha sogra“, disse ele. “Pela manhã eu quis finalizar meu trabalho. Liguei meu notebook,
abri as páginas que precisava finalizar a leitura e foi só isso. Senti
como se alguém tivesse pressionado um botão para me desligar. Acordei
no hospital, com a minha esposa e sogra ao meu lado. O médico não
encontrou nada de errado comigo após uma série de testes. Dormi por
mais de 30 horas. Mas isto nunca aconteceu comigo antes, nunca na minha
vida, nem para ninguém da minha família“, disse Alexey.
Há
o rumor de que um homem foi dado como morto e enterrado vivo. Algumas
pessoas tiveram episódios repetidos da anomalia, como Lyubov Belkova,
uma vendedora de roupas no mercado local. Ela foi vítima do sono, não
menos do que 7 vezes. Sua filha foi atingida duas vezes e sua neta de
15 anos de idade, uma vez. Seus colegas de trabalho no mercado também
já foram atingidos pela enfermidade em dias diferentes.
É
desconcertante o fato de algumas famílias serem afetadas repetidas
vezes, enquanto outras parecem ser completamente imunes à enfermidade. O
único fator em comum é que ela parece atingir principalmente os grupos
étnicos alemães e russos. Não se sabe quando a enfermidade irá atingir,
assim os aldeões sempre têm as malas prontas caso precisem ser levados
ao hospital.
Quando
a primeira epidemia ocorreu em 2013, os médicos pensaram que se tratava
de um caso de vodca ruim. Mas nenhuma das seis pessoas que adormeceram
então tinham consumido álcool. Alguns habitantes locais acreditam que o
problema surge quando há um aumento na temperatura atmosférica. Outra
teoria sugere que a água de uma mina de urânio próxima ao local esteja
vazando nos rios da região, e sendo consumida pelos moradores.
Vários
cientistas visitaram essa região remota, procurando por uma explicação
pela epidemia do sono. Eles conduziram aproximadamente 7.000
experimentos no solo, água e nas amostras de sangue, cabelo e unha das
vítimas. Todos os teste se provaram inconclusivos.
Fonte: www.standardmedia.co.ke