Numa madrugada de setembro de 1957, pescadores de Ubatuba - SP, observaram com espanto um objeto luminoso em forma de disco, descer ao nível do mar, explodir com um grande estrondo e se consumir em chamas provocando um enorme clarão.
No local da explosão os pescadores recolheram pequenos pedaços metálicos, que através de um jornalista, foram encaminhados ao Rio de Janeiro, ao pesquisador Olavo Fontes, que desde 1954 estudava o assunto.
As naturais dúvidas sobre a origem dos fragmentos foram sendo derrubadas pelos perigosos testes a que foram submetidos como análise de metalografia e muitos outros, realizados pelos melhores laboratórios do país, inclusive no Ministério da Agricultura.
Os resultados dessas análises, que só apareceram em 1962, cinco anos depois do aparecimento dos fragmentos, indicavam serem eles compostos de magnésio puro, pureza essa, inexistente em qualquer parte do nosso planeta.
"Essa constatação - disse Flávio Pereira, pesquisador dos fenômenos UFOs - foi de uma importância fundamental para a comprovação da existência dos Discos Voadores. O magnésio é o material mais indicado nas construções de naves espaciais, tanto assim que os Estados Unidos e a Rússia usam-no em seus foguetes e satélites, obtendo ótimos resultados".
Esse magnésio, usado na construção de foguetes terrestres, era, entretanto, de uma pureza infinitamente menor que o dos fragmentos de Ubatuba.
Alguns pedaços metálicos dos que foram encontrados em Ubatuba foram enviados aos Estados Unidos para análises ainda mais rigorosas que as efetuadas no Brasil, mas os resultados indicaram o mesmo grau de pureza e provocaram o mesmo alvoroço nos meios científicos que o verificado no Brasil.
Os fragmentos de Ubatuba foram guardados nos cofres da Comissão, no Rio de Janeiro, com os resultados das análises que provavam ser o material oriundo de algum ponto do espaço que não a Terra.
"Toda a problemática do Disco Voador envolve sempre três perguntas básicas - disse o Professor Flávio Pereira - o que são, de onde vêm e o que querem?"
"A primeira questão está ligada à tecnologia e é por isso, a que mais interessa aos cientistas. Se a ciência tivesse meios de conhecer a tecnologia, milhares de anos na frente da nossa, que
cerca os Discos Voadores, nós teríamos na Terra uma revolução igual à causada com o aparecimento da roda."
A Segunda pergunta - de onde vêm? - era, para Flávio Pereira, de interesse das Forças Armadas, já que a questão envolvia sempre um problema de segurança nacional. Já levantou-se, inclusive, a hipótese de os Discos Voadores serem armas secretas de grandes potências como os Estados Unidos e a Rússia, hipótese esta que nunca reuniu muitos adeptos, dado o mistério de proporções muito além das possibilidades de simples super-potências, e que sempre cercou o aparecimento de Discos.
A terceira questão - o que querem? - parecia ser ainda uma incógnita completa. Até então nunca tinha sido provado que as intenções dos possíveis extraterrestres fossem hostis. Mas o contrário, também não.
A importância dessas três questões, sobre as quais se concentram milhares de estudiosos de todo o mundo, foi sintetizada pelo ex-secretário das Nações Unidas, U. Than, quando há anos atrás afirmou: "O problema dos Discos Voadores tem para as Nações Unidas a mesma importância que a guerra fria e o subdesenvolvimento econômico dos países do terceiro mundo."
O aparecimento de fragmentos metálicos em Santa Catarina em 1957, segundo os pescadores de São Miguel, após a explosão de um objeto voador não identificado que caiu no mar, foi para o Prof. Flávio Pereira, de grande importância, mas ele ressaltou que seria necessário uma rigorosa verificação para apurar se os pedaços metálicos não seriam parte dos chamados "lixo cósmico", composto de restos de foguetes e satélites lançados pelos Estados Unidos e Rússia, na corrida espacial e que ficaram perdidos no espaço.
Mas ao mesmo tempo, o Professor salientou que, na maioria das vezes, esses fragmentos de satélites ou foguetes queimariam-se ao reentrar na atmosfera terrestre não chegando a atingir a terra.
As pesquisas sobre os fragmentos de Santa Catarina deveriam demorar ainda algum tempo e estavam sendo acompanhadas pela Marinha do Brasil, que também estava empenhada em descobrir de onde teriam vindo os misteriosos pedaços de metal recolhidos pelos espantados pescadores de São Miguel.
A Organização de Pesquisa de Fenômenos Aéreos, grupo particular de estudos, que se achava em desacordo com a Força Aérea dos Estados Unidos, de 1947 até 1973 em mais de 1.000 relatórios sobre as aparições de Discos Voadores, declarou nos Estados Unidos que fragmentos de objetos metálicos, recolhidos de uma explosão no Brasil são de magnésio puro, uma forma metálica desconhecida na Terra. A Organização fez tal declaração em apoio às suas informações sobre a explosão extraterrestre e (por veículos espaciais) da atmosfera da Terra. O diretor do grupo, Coral Lorenzen, fez a seguinte referência da explosão e colheita dos fragmentos.
Um objeto não comum explodiu sobre as costas do Brasil à vista de vinte pescadores, em setembro de 1957. As testemunhas oculares estiveram de acordo em que o objeto pequeno, brilhante, de forma de disco, que viajava a grande velocidade em direção ao oceano, se elevou bruscamente afastando-se da água e explodiu. Cada fragmento resplandeceu com grande brilho sob o sol do meio dia, como se tratasse de fogos de artifício.
Um observador recolheu fragmentos apagados pelas águas e depois de algum tempo entregou-os ao Dr. Olavo Fontes, cientista, médico da Escola Nacional de Medicina e membro do grupo investigador. O Dr. Olavo Fontes enviou alguns fragmentos para análise no Laboratório Nacional de Produção Mineral. Espectro-análises feitas pela Dra. Luisa Barbosa, química-chefe, revelaram que o material era magnésio absoluto, sem impurezas. Surpreso, o Dr. Olavo Fontes ordenou a comprovação das análises.
Não se conhece nenhum método para reduzir ao estado de pureza absoluta e não se sabe que o metal exista em forma pura na Terra, embora haja fartura dele. A Segunda prova, realizada a 24 de outubro de 1957, confirmou a resposta da primeira e então foram usados novamente métodos de difração de Raio-X na D i- 24 visão de Geologia e Mineralogia do Departamento Nacional de
Produção Mineral.
Segundo o grupo investigador, a análise foi efetuada pelo Dr. Elisiário Távora Filho, famoso cristalógrafo brasileiro e novamente verificou-se que os fragmentos eram magnésio puro. A
Organização de Pesquisa de Fenômenos Aéreos disse:
"O mais puro magnésio já produzido na Terra ainda contém impurezas que podem ser identificadas facilmente nas análIses espectográficas. As amostras de Ubatuba não mostraram nenhuma impureza".